• PÁGINA INICIAL
    • Memória
  • BRE
    • Comissões
    • Escola Paroquial
    • Governo Provincial
    • Nosso Carisma
  • NOSSO FUNDADOR
  • CONGREGAÇÃO
    • História
    • Onde estamos
    • Paróquias
    • Seminários
  • FOTOS
    • Link
    • Vídeos
  • CONTATO

Blog Post

22
JUL
2017

XVI Domingo Tempo Comum

by : admin
comment : 0

XVI Domingo Tempo Comum – (Mt 13,24-43)

A paciência destrói a aparência

Por: Dom André Vital Félix da Silva, SCJ

No centro do anúncio de Jesus se encontra a sua paixão pelo Reino do seu Pai. Toda a sua vida, os seus ensinamentos, as suas atitudes tornavam visível esse reinado de Deus como um projeto de vida para as pessoas que, por sua vez, eram convidadas a acolhê-lo e tornarem-se também elas seus arautos e instrumentos a fim de que se expandisse por toda a terra a justiça, a fraternidade e a paz; são estas as colunas de sustentação do Reino. As parábolas deste Domingo nos apresentam as características fundamentais do Reino dos Céus, sublinhando a sua radical vitalidade, a sua força propulsora e o seu dinamismo de expansão.

O que Jesus diz sobre o Reino não se limita a conceitos teóricos para levantar hipóteses de organizações utópicas da sociedade, nem muito menos uma descrição bucólica daquilo que não se pode conhecer de modo objetivo e direto. O Reino dos Céus, por certo, transcende a nossa esfera circunstancial, mas tem suas raízes no nosso chão, no nosso horizonte histórico, onde Deus se fez carne, assumindo o que somos.

A parábola do trigo e do joio evidencia a necessidade de discernimento na implantação do Reino. A imagem utilizada por Jesus é muito eloquente: o joio é uma erva daninha, porém tem aspectos semelhantes ao trigo, podendo o seu talo ser facilmente confundido com a espiga de trigo. No entanto, seus efeitos são narcóticos (botânica: lolium temulentum), provocam adormecimento, por conseguinte, acomodação, passividade; se ingerido, mesmo em pouca quantidade, provoca náuseas e enjoos. Por outro lado, o trigo que representa o Reino é semente que se transforma em alimento para dar força e vitalidade ao ser humano, e por isso produz alegria para quem dele se nutre. Se o joio produz estagnação, alienação, indiferença, o trigo produz energia, vigor, disposição para trabalhar.

Portanto, Jesus adverte os seus discípulos a estarem atentos para não confundirem as diversas expressões do Reino apegando-se apenas a aparências, é preciso aguardar os frutos. Ele mesmo ensinou que a árvore se conhece pelos seus frutos, pois nem tudo aquilo que se mostra pertencente ao Reino, de fato, contribui com o Reino. Quando o joio cresce junto ao trigo ambos são bem semelhantes, contudo, quando produzem os grãos é possível distingui-los. Fazer a separação enquanto crescem é muito arriscado. Por isso, o dono do roçado não permite aos seus empregados a separação antes dos frutos. Apesar de o joio e o trigo estarem tão próximos e até mesmo entrelaçados em suas raízes, o joio não é capaz de destruir o trigo; no momento adequado ele será apartado. A paciência no julgar lança as bases da verdadeira justiça.

A parábola do grão de mostarda aponta para a pequenez do Reino, mas ao mesmo tempo, para a sua capacidade de crescimento. Reproduz de maneira plástica a própria biografia humana, isto é, ninguém nasce grande, mas pode tornar-se. Cada cristão é depositário desta pequena semente da fé, mas que se acolhida, pode se manifestar como grande força de transformação do mundo e da sociedade. O evangelho, apesar de ser um anúncio revestido de humildade e simplicidade, possui uma força de expansão que testemunha a sua grandeza pois é proclamação de salvação universal, e isto diz respeito a toda pessoa humana.

Por fim, Jesus ilustra seu ensinamento com a parábola do fermento para ressaltar a eficácia do anúncio do evangelho para a implantação do Reino dos Céus. A imagem do fermento na massa reitera a convicção de que a força de transformação do evangelho não se manifesta de modo ostensivo, através de ações religiosas de vitrine, mas atua de modo profundo; a sua eficácia depende da sua força de penetração, e não tanto de uma garantia de visibilidade. Quando o evangelho se reduz a tema de espetáculos, perde a sua força de transformação no horizonte da vida; deixa de ser impulso para ação, e fica apenas como garantia de emoção.

À medida que o fermento vai se misturando com a massa, a ponto de não ser mais visto, é que estará garantido o crescimento do pão; a transformação não acontece na superficialidade, mas quando atinge a dimensão mais profunda da realidade, pois fermento não é cosmético para mudar aparências, mas instrumento para transformar existências.

O Reino dos Céus é a paixão de Jesus, por isso Ele não teve medo de dar vida para fazê-lo acontecer entre nós. Comprometer-se com a sua implantação exige de nós sair da multidão curiosa sem rosto e sem convicção, para assumir o discipulado, o seguimento daquele que espalha a semente incansavelmente, mesmo sabendo que há inimigos lançando joio, é crer na pequenez de uma semente que traz em si uma força grandiosa de transformação, é não ter medo de se misturar a ponto de perder a própria visibilidade, para que os outros cresçam e se tornem alimento saudável para a vida do mundo.

About the Author
This is author biographical info, that can be used to tell more about you, your iterests, background and experience. You can change it on Admin > Users > Your Profile > Biographical Info page."

Social Share

  • google-share

Leave a Reply Cancelar resposta

*
*

captcha *

botaodevoc botaolateralinfo botaolateraleditorial botaolateralelenchus botaoescolaparoquial botaodehonbrasil

Caminho Dehoniano

VOCACIONAL DEHONIANOS

VOCACIONAL DEHONIANOS

CF 2018

https://www.youtube.com/watch?v=D1S1iaELMAQ

Social

  • Facebook
  • Twitter
  • YouTube

Assinar site por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este site e receber notificações de novas publicações por email.

Junte-se a 22 outros assinantes

Fale Conosco!

  1. Nome *
    * Por favor insira o seu nome
  2. e-mail *
    * Please enter a valid email address
  3. Mensagem *
    * Por favor escreva sua imagem
Irmãos e Padres Dehonianos | Todos os Direitos Reservados.